Dados da IQVIA indicam que o varejo farmacêutico movimentou R$189,9 bilhões nos últimos 12 meses até abril de 2023, um avanço de 15,5% em relação ao último ano. A perspectiva é que a indústria farmacêutica do Brasil fique entre as cinco primeiras posições no ranking mundial do setor. Na América Latina, o país já é o principal mercado, à frente de México, Colômbia e Argentina.
Na conexão dessa competitividade está o setor de logística que vem investindo em tecnologia, capacitação e estratégias personalizadas para unir indústria de medicamentos, farmácias e consumidor com prazos cada vez mais curtos.
O especialista em logística, Marcelo Zeferino, COO da Prestex, empresa especializada em logística emergencial aérea B2B, ressalta que a alta performance deve estar atrelada à segurança e à capacidade técnica da operação. "Para o transporte de produtos fármacos (medicamentos e insumos) é fundamental que as empresas tenham a certificação da ANVISA, estejam tecnicamente capacitadas e sigam à risca as normas e especificações do setor, como a RDC 653/2022."
Zeferino lembra que os fármacos são produtos altamente sensíveis às mudanças de temperatura. Caso sejam expostos a temperaturas diferentes das adequadas, podem sofrer alterações, diminuindo a eficácia, vida útil ou mesmo alterar sua toxicidade, expondo a saúde dos pacientes, além de acarretar prejuízos financeiros ao distribuidor. "A RDC 653 determina que medicamentos e insumos tenham a temperatura e umidade monitoradas da coleta até o destino final, incluindo um mapeamento térmico de rotas no trajeto em que o medicamento é exposto, visando a integridade do produto", alerta Zeferino.
Na Prestex, empresa há 20 anos no setor, a logística 4.0 permite a rastreabilidade dos fármacos já na etapa de produção, quando cada produto recebe uma identificação única. Ao longo do percurso, os medicamentos são monitorados e registrados em cada etapa, desde que deixam o fabricante até a chegada ao destino, garantindo qualidade e segurança. "Todo o processo é acompanhado pela farmacêutica da empresa e os clientes têm uma visão on-line em tempo real de cada detalhe da carga", explicou o diretor. Desde 2020 a empresa investiu cerca de R$1,8 milhão em estrutura, tecnologia e capacitação dos colaboradores para obter a licença da ANVISA, podendo transportar produtos farmacêuticos, químicos e alimentícios.
Fonte: Terra
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